POR QUE JOÃO, DANILO?
“Eu fiz questão de que o meu livro não fosse um conto de fadas”. Foi assim que Danilo Leonardi se referiu a Por Que Indiana, João? , sua obra de estreia como escritor. O youtuber esteve no bate-papo do Livro-Livre, na noite deste sábado, 29, e conversou sobre como mesclou suas experiências de vida e ficção na situação vivida pela personagem no livro, o bullying. Ele queria que o protagonista fosse verdadeiro, tivesse defeitos e preconceitos e trabalhar com isso, até o final do livro, em um momento de virada. A história contou ainda com o relato de psicólogos, para a sua construção, pois essa “brincadeira” é uma situação muito comum nos colégios e na vida dos adolescentes. Leonardi relembra o processo de criação do livro, e como teve que se afastar das redes sociais e da tecnologia para se aprofundar no assunto. O autor ressalta que a falta de atitude quanto à situação é prejudicial nas escolas, por exemplo. Em sua adolescência alguns professores não levavam o bullying a sério e diziam na sua época isso era amizade.
Leonardi acredita que os adolescentes são muito influenciados pelos filmes, livros e séries que consomem e, por isso, estão eles mais abertos à discussões de temas específicos da adolescência. Por essa razão seu próximo livro, que tem o lançamento previsto para julho trata disso. “Escrevi pensando em um livro que eu gostaria de ter lido na minha adolescência”, explica.
Por ser youtuber e estar muito presente na internet Leonardi defende que é importante falar sobre bullying na rede, pois é um assunto muito atual e que é complicado falar sobre isso com adolescentes, trazendo vários questionamentos. Ele lembra que o assunto é evidenciado também na série Os 13 porquês, com a mesma temática. Presente na plateia, acadêmico de Direito, Eduardo Ribas de 17 anos, reforça: “as ideias dele são focadas para os temas de hoje e são ideias coerentes, ele não acha que a gente está nessa geração mimimi, como muitos dizem”.
Danilo Leonardi conversou sobre bullying, literatura e internet. (Foto: Matheus Konzen/ Lab. Foto e Memória-Unifra)
Texto elaborado pela acadêmica Caroline Comassetto/Jornalismo Unifra
Professor responsável: Jornalista Bebeto Badke (MTB 5498)