MEMÓRIAS DO ROSÁRIO E DO MANECO
A tarde desse sábado,4 de maio, teve o lançamento de obras financiadas pela Lei do Livro da Câmara de Vereadores, que tem como objetivo instituir a política da leitura no Brasil. Um dos livros distribuídos foi ‘ A comunidade negra de Santa Maria e sua Irmandade no Rosário (1873 – 1924). O autor e professor de história Ênio Grigio destaca a importância de valorizar a história pouco conhecida da cidade, em um tempo que as comunidades negras precisavam pedir permissão para exercer sua fé. Ele conta sobre a presença negra em Santa Maria e a Irmandade do Rosário, que começou na igreja do Rosário nos meados de 1873.
Além de fazer suas orações e rezar, essa comunidade protegia uns aos outros, integrantes da igreja e até compravam alforria para os ainda escravizados. ‘’Às vezes a população fala de escravidão e dificuldades dos negros em outros locais, mas esquece que isso acontecia na própria cidade, esse também é um dos meus objetivos’’, destaca Grigio.
Outra obra foi O memorial do colégio Manoel Ribas: História e patrimônio da professora Maria Helena Nascimento. Educadora de história há 20 anos no Maneco, é responsável também pelo patrimônio documental da mesma escola em que leciona. Para ela a escola tem muitas histórias que valem a pena serem lembradas. Ela afirma também que a narrativa de seu livro está ligada à história de Santa Maria, já que a construção do colégio Manoel Ribas foi financiada pela Viação Férrea: ‘’ O colégio já foi um dos maiores do Rio Grande do Sul, algumas pessoas deixavam de ir para escolas privadas, optavam por estudar lá e saíam direto para uma faculdade”.
Texto elaborado pelo acadêmico de jornalismo/UFN Felipe Monteiro
Foto: Thayane Rodrigues/LABFEM
Jornalista responsável Bebeto Badke (Mtb 5498)