Livro Livre encerra a 51ª Feira com participação de Hique Gomez
Neste sábado (07), o Livro Livre se despediu da 51ª Feira do Livro de Santa Maria com uma palestra que sintetizou os pilares fundamentais dos 16 dias de evento: além de literatura, a celebração de diversas artes. No palco do Theatro Treze de Maio, o instrumentista, compositor e humorista Hique Gomez falou sobre a criatividade ao longo dos anos e das artes.
Há 38 anos integrando o grupo Tangos e Tragédias – dos quais 28 foram ao lado de Nico Nicolaiewsky, que faleceu em 2014 – o artista iniciou a apresentação narrando uma história fictícia e primitiva, de onde teria surgido a contação de história. Essa prática antiga e fundamental ao ser humano, segundo Hique, permeou e influenciou o surgimento de diversos entretenimentos, como o teatro e a novela.
“Contar histórias está na base do entendimento do ser humano. A contação de história é a coisa mais fundamental no desenvolvimento da humanidade. Por exemplo as novelas, o poder que elas têm, as pessoas param para acompanhar as histórias“, comenta Hique.
Ao citar as novelas, o artista ressaltou que muitas delas têm narrativas que se repetem, e não por acaso. Ele explicou que essas similaridades são compreendidas pelo conceito da Jornada do Herói, que se baseia em padrões universais encontrados em diversas histórias, como forma de ensinamento ao espectador muitas vezes.
“É para isso que as pessoas escrevem livros, é para isso que os filmes são feitos: para transformar as pessoas. Por isso, as pessoas consomem tanto e a indústria do cinema está na casa de todo mundo. Uma das razões é porque as pessoas precisam se enxergar nas histórias; elas precisam tirar ensinamentos das histórias“, afirma o artista.
Hique também falou sobre o sentimento de completude que surge entre o artista e o público. “É como se fosse algo transcendental, porque está levando as pessoas para o ambiente criativo. É ali que a gente encontra soluções para viver, seja qualquer profissão que a pessoa tiver, ela estará neste local de criação e solução”, destaca o músico.
Ao final da apresentação, Hique deu uma palhinha para o público que acompanhou de forma animada enquanto o músico, além de cantar também tocava teclado.
A Feira do Livro encerra a 51ª edição com a certeza de que o compromisso firmado com os livros e as diversas expressões artísticas foi profundamente reforçado. Ao longo dos 16 dias, foram semeadas as bases que estabelecem um legado promissor para os próximos 50 anos.
Que em breve possamos nos reencontrar e celebrar o retorno dos livros à praça! Até 2025!
Texto: Nathália Arantes
Jornalista responsável: Letícia Sarturi (MTB 16.365) – BAH! Comunicação Criativa – Assessoria 51ª Feira do Livro de SM
Foto: Juliano Mendes