A DESCOBERTA DA LEITURA E DA ESCRITA

O escritor e ilustrador Ricardo Azevedo participou do Encontro com o leitor, na tarde desta terça-feira, 7 de maio. A atividade, reuniu os alunos de 6º a 9º ano das escolas EMEF Maria de Lourdes Ramos Castro e EMEF Vicente Farencena. No bate-papo, mediado pelo Patrono da Feira, Maurício Leite, Azevedo iniciou sua fala contando que começou a escrever ainda adolescente, nas redações da escola, apesar de ser um “mau aluno”, nas outras aulas. Com isso, ele passou a se dedicar à escrita e mais ainda, à leitura. Na vida adulta, exercitou a escrita trabalhando com redação publicitária, e só publicou o primeiro livro aos 32 anos. Ele acredita que praticando a escrita e exercendo a imaginação, os alunos, ainda que não sejam escritores no futuro serão profissionais bem sucedidos, em qualquer área de atuação. “A escrita dá voz, a uma pessoa, e cada um tem a sua”, afirma. Azevedo reforça que a função mais importante da escola é ensinar cada um a encontrar a sua voz e colocar suas ideias no papel. Maurício, o Patrono, também acredita na importância da leitura, como isso acrescenta na vida das pessoas e ressalta a relevância deste encontro: “Conhecer um escritor é uma grande oportunidade, porque isso afeta o modo como a gente lê, tenho certeza que vocês vão ler os textos do Ricardo, de modo diferente, a partir de agora”.

A professora da EMEF Maria de Lourdes Ramos Castro, Daniela Pereira, acredita nesta abordagem e reforça a fala de Ricardo Azevedo e Maurício Leite. “Acho que quando os alunos vivenciam, eles aprendem muito mais. Ler sozinho não é a mesma coisa que conversar com o autor, então para nós, enquanto escola este encontro é fascinante” declara. Para Daniela, o encontro traz uma mensagem de que é possível, que qualquer pessoa pode escrever, pois é algo distante da realidade deles, ainda mais numa sociedade em que a tecnologia prevalece.

Ricardo Azevedo conta que a sua maior influência esteve dentro de casa, entre os livros dos pais. “Por isso, é difícil eu indicar um livro para alguém, eu sei o que gosto, trilhei o meu caminho até aqui. Cada um deve descobrir o seu próprio caminho, lendo” recomenda. Para o autor, a literatura não tem idade, por isso, não acredita no processo de voltar a ser criança para escrever literatura infantil. “Literatura tem linguagens diferentes, e é isso que cativa as pessoas, acredito que apesar de ser conhecido por escrever para crianças, o que eu escrevo traz uma linguagem popular, e não, infantil.

Gabriela Soares, de 13 anos, experienciou algo novo neste encontro: “foi uma experiência ótima, eu já tinha lido um livro dele, e foi maravilhoso conhecer o autor de um livro que eu gostei bastante e que me ajudou a conhecer mais sobre literatura brasileira”.

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Texto elaborado pela acadêmica de Jornalismo/UFN Caroline Comassetto

Foto: acadêmico de Jornalismo/UFN – LABFEM Denzel Valiente

Jornalista responsável Bebeto Badke (Mtb 5498)