POESIA, MÚSICA E ENCANTO NA MOCHILA DA CAMILA
Até mesmo o sol, que se fez tímido nas primeiras horas da tarde desta segunda, dia 1º, brilhou para assistir ao teatro infantil Pandorga da Lua. O espetáculo, que durou quase uma hora, cativou crianças e adultos de todas as idades, transformando a feira em um grande musical participativo, onde todos cantavam as músicas com alegria.
O musical valoriza as tradições e culturas do Rio Grande do Sul, lembrando de ritmos como o chamamé e a milonga. A montagem conta a história da lua, que seria, na verdade, uma pipa. E canta versos como, “mas quem fez essa pandorga, que até na água flutua?”. O espetáculo faz com que até os velhinhos, encolhidos em suas cadeiras, cantem também.
Coladas ao palco, as crianças acompanhavam, fascinadas, cada movimento dos artistas. Julia, com apenas 7 anos, passou a peça inteira com o celular na mão gravando para mostrar à sua mãe, que estava trabalhando. Seu pai havia lhe dito para não perder nenhum detalhe, para poder contar para ela mais tarde, em casa. “ A parte que mais gostei do teatro foi a da ‘mochila da Camila’, que guardava de tudo em sua bolsa”, conta a pequena.
O ator e músico Ricardo Feire conta que fica muito emocionado com a educação e interação das crianças. “Eu acho difícil isso acontecer de uma forma tão espontânea. De você estar em um lugar público assim, e ter pais e filhos, pessoas tão educadas em uma plateia… É um tipo de apresentação que não se esquece”, ressalta.
O grupo, que já está há 13 anos participando da Feira, é composto por Ricardo Freire (Direção Musical, arranjos, teclados e voz), Ângela Gomes (Voz e percussão), Tuny Brum (Violão e Voz), Denise Copetti (Atriz), Sergio Rosa (acordeon) e Luciano Gabbi (ator). As poesias são escritas por Jaime Vaz Brasil.
Pandorga da lua significa criança e alegria na praça. (Foto: Pedro Gonçalves/ LABFEM – UNIFRA)
Texto elaborado pelo acadêmica Thayane Rodrigues/ Jornalismo – UNIFRA
Prof. responsável: Jornalista Bebeto Badke (MTB 5498)