PRAÇA CHEIA EM NOITE DE LITERATURA POLICIAL NO LIVRO LIVRE

Pela primeira vez em Santa Maria, o convidado que subiu ao palco do Livro Livre na noite desta terça-feira, 7, é escritor, roteirista e advogado por formação.  O carioca Raphael Montes, de 28 anos, conquistou o público que o aguardava na Praça Saldanha Marinho,esbanjando bom humor . Ele é autor de quatro obras de literatura policial que estão publicadas em 22 países, sendo best-seller na Polônia.

Em 2012, o escritor publicou o seu primeiro romance Suicidas, que foi finalista dos prêmios Benvirá e Machado de Assis. Raphael conta que o processo de criação da história iniciou por volta dos seus 16 anos e concluiu quando já tinha 19 anos. É importante destacar que todos as obras tiveram os direitos de adaptação vendidos e já estão em processo de produção.

No entanto, engana-se quem pensa que o escritor sempre apreciou a literatura. “Eu não cresci num ambiente familiar com muitos livros porque meus pais não gostavam de ler. Até hoje meu pai lê somente jornais e minha mãe agora que lê alguns livros porque eu insisto. Então, o meu primeiro contato com os livros foi na escola e eu lembro de achar mega chato”, comenta Montes.

Entretanto, por volta dos 12 anos de idade durante uma viagem de férias, uma tia resolveu presenteá-lo com um livro. “A história daquele livro era tão boa e me prendeu tanto a atenção que eu não consegui parar de ler. Depois daquele livro eu nunca mais parei ”, explica o autor.

Hoje, as crianças estão mais ligadas nas tecnologias ou em qualquer outra atividade que não seja ler porque no ponto de vista deles é algo cansativo ou de difícil acesso. Para Montes, muitas vezes a literatura é vista como algo pertencente à elite, sendo que o objetivo principal do livro é fazer as pessoas refletirem sobre os mais diversos assuntos que permeiam a sociedade.

A acadêmica de Relações Internacionais, Vitória Fotella, de 21 anos, veio prestigiar o autor após a indicação de um amigo que gosta de suas obras. “Eu gosto do gênero policial. A literatura está presente na minha vida desde sempre, eu visitava bibliotecas municipais da minha cidade (Uruguaiana) durante minha infância e adolescência. Eu acredito que a leitura pode mudar mundos”, conclui Vitória.

Já o estudante Érico Cavalheiro, de 21 anos, afirma que foi assistir ao Livre Livre, pois tem interesse em cursar Psicologia e o autor utiliza destes conhecimentos em algumas obras.

Para finalizar, Montes ressalta que é muito bom ouvir que suas histórias são diferentes das já publicados. “Hoje em dia todo mundo quer publicar algo meio parecido, mas eu não penso que isso seja legal. Fico mega satisfeito em saber que consegui conquistar o meu espaço na sociedade e no mundo literário”, conclui.

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Texto elaborado pela jornalista Viviane Campos (MTB/RS 19.230). Egressa Jornalismo-UFN

Fotos: Denzel Valiente/LABFEM-UFN

Professor responsável: Jornalista Bebeto Badke (MTb 5498)