NOITE DE ESTRELA, ESTRELA, COM VITOR RAMIL
Vitor Ramil é um sujeito de rara sensibilidade no cenário artístico brasileiro. Quem enfrentou o frio da noite de sábado, 30, saiu da praça aquecido e renovado por suas palavras. O cantor, compositor e escritor pelotense veio à Feira para conversar com o público, contar um pouco de sua trajetória e trocar ideias com uma plateia atenta e respeitosa.
Ramil iniciou muito cedo na carreira artística, tendo sido criado no universo da música. Seu lar era “uma casa de música”, já que seus pais incentivaram tanto ele como seus irmãos a estudarem música. Relatou que, em sua adolescência, ficava em uma área interna da casa declamando poesia e fazendo gravações com fitas k7.
Vitor revela que a independência é o que permite que seu trabalho seja feito como ele quer: “a grande coisa que aconteceu na minha vida foi me tornar independente.” Como em gravadoras existe a pressão do mercado para que seja repetida uma fórmula para alcançar sucesso, se tornando um artista independente, Ramil pôde ter mais liberdade, sem a necessidade de prestar contas para ninguém.
Explicou como são seus processos criativos, de onde surgem as ideias e imagens que atravessam sua obra. Contou de suas viagens, sua temporada no Rio de Janeiro, onde produziu um ensaio que diz muito do ser do sul, A Estética do Frio, das coincidências da vida que se transformam em tema de música e das composições feitas a partir de obras literárias de grandes escritores, como o argentino Jorge Luis Borges.
O músico Gustavo Borges acredita que o bate papo foi uma experiência muito interessante pela bagagem musical e literária do artista. “Ele trouxe o diálogo da poesia com a música de uma maneira única, sabendo mesclar melodias específicas para serem unidas com a poesia.”
Para encerrar a noite mágica, seu primeiro sucesso, composto quando tinha 18 anos: Estrela, Estrela. Obrigado, Vitor. Volte para Satolep ciente de que Santa Maria te ama.
ASSESSORIA DE IMPRENSA – UNIFRA
Texto: Acadêmicos de Jornalismo Tiago Ferreira e Alex Silveira
Foto: Gabriela Soldati
Edição: Bebeto Badke (MTB 5498)