VETERANO DO CORPO DE BOMBEIROS REVELA PRIMÓRDIOS DA CORPORAÇÃO

Na tarde desta terça-feira (02), o tenente-coronel da reserva do Corpo de Bombeiros Militar, Daniel da Silva Adriano, lançou o livro que conta a saga dos bombeiros civis do final do século XIX e início do XX quando, por 40 anos, o serviço de incêndio da capital gaúcha esteve sob a responsabilidade de um grupo de companhias de seguro contra incêndio.

O escritor, que atuou em Santa Maria até o ano de 2010, fala sobre como foi o processo de pesquisa para compor as páginas de “Companhia de Bombeiros de Porto Alegre, Resgate de uma História: 1895-1935”.

“Comecei escrevendo sobre o Corpo de Bombeiros de Santa Maria e me deparei com a dificuldade de não encontrar nenhuma história do Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Sul. Assim eu comecei a pesquisar para contextualizar. Quando eu percebi já tinha mais de 80 páginas de pesquisa. Foi quando eu desviei a atenção dessa estação de bombeiros, que foi criada em 1955, para 1895. Durante a pandemia, fiquei dois anos na pesquisa, catalogando documentos. Acabei organizando a história desde o seu princípio aqui no Rio Grande do Sul, quando ainda não era Corpo de Bombeiros, era um serviço de extinção de incêndio”, explica Adriano.

O livro apresenta momentos marcantes do serviço de supressão de incêndio e apura os caminhos percorridos na formação da Companhia de Bombeiros de Porto Alegre (1895-1935), citando personagens importantes da história rio-grandense como a marujada da Armada, os pipeiros, as aguadeiras do Riacho Sabão, os guardiões dos chafarizes, os limpadores de chaminés, os milicianos do fogo, os burros sem cola, os foguistas, os práticos das belonaves, os aprendizes de bombeiro e os menores do Arsenal de Guerra. 

O desenvolvimento do livro começa no início da criação do Rio Grande do Sul, em 1737, quando já vieram nas caravelas cinco bombeiros-marinheiros que eram responsáveis pelo combate ao incêndio. Assim vou mostrando o desenvolvimento de Porto Alegre. Consegui extrair muita coisa importante dos livros do historiador Sérgio da Costa Franco, dos tempos do império, da república e também informações sobre grandes incêndios”, comenta o veterano.

Lançado pela editora Rio das Letras, o livro pode ser encontrado na banca da Casa do Poeta de Santa Maria.

 

Texto: Nathália Arantes – acadêmica de jornalismo da UFN

Jornalista responsável: Letícia Sarturi (MTB 16.365) – BAH! Comunicação Criativa